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Reunião do IPCC aprova escopo científico dos três principais grupos de trabalho

5 de março de 2025
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A 62ª sessão plenária do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), realizada em Hangzhou, na China, entre 24 e 28 de fevereiro, aprovou o escopo científico dos três principais grupos de trabalho para o Sétimo Ciclo de Avaliação do órgão científico. O Brasil foi representado pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Relações Exteriores (MRE).

“Isso nos permite reunir os times de autores e iniciar nosso trabalho do Sétimo Ciclo de Avaliação”, afirmou em comunicado o diretor do IPCC, Jim Skea.

Os três grupos de trabalho são segmentados nas seguintes áreas: base científica da mudança do clima; impactos, vulnerabilidade e adaptação; e mitigação da mudança do clima. O escopo científico para os grupos foi definido em reunião realizada em dezembro de 2024, em Singapura, na Malásia, que contou com a participação de seis cientistas brasileiros. Agora, os governos chancelaram as definições na sessão plenária. O que se acordou foi o ‘núcleo duro’ dos relatórios do Sétimo Ciclo de Avaliação do IPCC.

“Esses foram os grandes pontos de decisão da Sessão. Os debates foram muito intensos. Embora o escopo tenha sido definido por cientistas de várias áreas do conhecimento, os governos têm que dar sua chancela”, explica o diplomata Pedro Ivo Ferraz da Silva, do Departamento de Clima do MRE. “Sempre há um debate intenso sobre quais pontos, quais temas que vão ser ressaltados e uma necessidade que haja sempre o equilíbrio entre os interesses dos países, em especial dos países em desenvolvimento e desenvolvidos”, complementa.

Cada grupo de trabalho produz um relatório com a avaliação sobre a melhor e mais recente ciência disponível. Ao final de todo o ciclo de avaliação, que varia entre 5 e 7 anos de duração, o IPCC também produz um relatório síntese. O deste ciclo está previsto para 2029. Os relatórios proveem aos governos informações científicas para o desenvolvimento de políticas climáticas. As informações também são utilizadas para apoiar as negociações no regime internacional.

O sétimo ciclo produzirá um relatório especial sobre mudança do clima e cidades e um relatório metodológico sobre forçantes climáticas de curta duração. Também será elaborado um relatório metodológico sobre tecnologias de remoção, captura e estocagem de dióxido de carbono. O grupo de trabalho sobre impactos, vulnerabilidades e adaptação deverá realizar uma revisão das diretrizes técnicas de 1994 sobre o tema, bem como indicadores, métricas. O resultado será publicado separadamente.

O coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, que participou do processo de negociação, afirma que, com o passar dos anos, as reuniões do IPCC têm se tornado cada vez mais desafiadoras. “Avançar com conhecimento científico relevante, que aborde a urgência no enfrentamento dos eventos climáticos cada vez mais intensos e frequentes, compaginando orientações claras e precisas para a tomada de decisão em políticas públicas, ao mesmo tempo em que se evita ser ‘políticas prescritivas’, é inquestionavelmente um passo essencial a ser dado no contexto internacional, com reflexos importantes para o cenário nacional, e em particular na atuação do MCTI”, explicou.

Inteligência artificial e outros sistemas de conhecimento – A sessão plenária também definiu sobre a realização de reuniões especiais ao longo do sétimo ciclo de avaliação. Um dos eventos abordará a incorporação de outros sistemas de conhecimento, como o conhecimento indígena, ao trabalho do IPCC. “Haverá um grande debate a respeito disso”, afirmou o diplomata.

O outro será sobre a utilização da inteligência artificiar no apoio à sistematização e avaliação do conhecimento sobre mudança do clima. Silva explica que o volume de artigos sobre o tema tem crescido de modo exponencial e que está se tornando mais complexo lidar com a quantidade de literatura científica. “O debate é se seria o caso de utilizar a inteligência artificial para ajudar os cientistas a terem uma avaliação ao mesmo tempo abrangente e profunda sobre os artigos que estão sendo produzidos. Que possa ser refletido nos relatórios do IPCC”, detalhou.

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