O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgaram o resultado preliminar da chamada pública para criação de novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Foram aprovados 121 projetos, que receberão investimento de R$ 1,45 bilhão nos próximos 5 anos. A contratação deve ocorrer até maio, após a fase de recursos e a divulgação do resultado final.
Os INCTs são formados a partir de uma instituição caracterizada pela excelência de sua produção científica e alta qualificação e por um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições articulados na forma de redes científico-tecnológicas. O objetivo é fortalecer a pesquisa em áreas estratégicas e usar a ciência para resolução de desafios nacionais.
“O edital do programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) é voltado para criar grandes redes nacionais de pesquisa, com ênfase na cooperação internacional, e com foco no desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e tecnológico, em temáticas estratégicas, visando o enfrentamento a grandes desafios nacionais”, destacou a ministra Luciana Santos.
A chamada conta com investimento de R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); R$ 200 milhões da Fapesp; R$ R$ 150 milhões da Faperj; R$ 100 milhões do Ministério da Saúde; R$ 50 milhões da Capes; R$ 50 milhões da Fapemig; e R$ 10 milhões da Fapes.
Com as 121 futuras contratações, o país passará a ter 221 INCTs. Atualmente, o número é de 202: 102 contratados por meio da chamada de 2014, que encerra em abril, e 100 da chamada realizada em 2022, vigentes até 2027 ou 2028.
O edital listou 20 temas estratégicos prioritários para estruturação dos institutos:
a) Inteligência Artificial
b) Transformação Digital
c) Nanotecnologia e Tecnologias Quânticas
d) Minerais Estratégicos
e) Terapias Avançadas, Medicamentos, Vacinas e Dispositivos para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde
f) Doenças Negligenciadas e Doenças Crônicas de Alta Relevância para a Saúde no Brasil
g) Biotecnologia e Uso Sustentável da Biodiversidade
h) Transição para uma Matriz Energética Sustentável
i) Mudanças Climáticas
j) Desenvolvimento Sustentável dos Biomas Nacionais
k) Pesquisas Oceânicas
l) Instrumentação Científica
m) Autonomia Tecnológica na Área Espacial
n) Autonomia Tecnológica na Área Nuclear
o) Autonomia Tecnológica na Defesa Nacional
p) Segurança Alimentar e Erradicação da Fome
q) Promoção da Igualdade e da Inclusão Social
r) Desafios para a Consolidação e Ampliação da Democracia
s) Transformações da Ordem Mundial
t) Genômica, Medicina de Precisão e Doenças de Alta Prevalência no Século XXI
O Programa INCT foi criado em 2008, fruto de uma parceria exitosa entre o CNPq e o MCTI, e posteriormente contou com a participação das fundações estaduais de amparo à pesquisa. Nos 16 anos de vigência do programa, foram estabelecidas mais de 1.835 parcerias nacionais e 1.302 internacionais, incluindo 515 cooperações com empresas brasileiras e mais de 139 estrangeiras, além da formação de pessoas com alto grau de capacitação e especialização em todas as áreas do conhecimento.
Com informações do CNPq