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Oceano: imersão e conscientização no maior mistério da Terra

24 de outubro de 2025
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Olhos atentos e conexão guiam a exposição Oceano: o Maior Mistério da Terra, na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Quem passa pela estrutura azul-marinho, com 120 m², quase não se lembra que está em pleno Centro-Oeste brasileiro. Instalada no pavilhão principal da mostra, a experiência transporta o público para o bioma aquático por meio de projeções de bioluminescência, réplicas de fitoplânctons e uma imersão em realidade aumentada com óculos que simulam um mergulho. Distraídos ou à procura, todos são logo fisgados pelo maior mistério da terra: o mundo marítimo. 

Animados e vibrantes com tudo que foi descoberto durante a visita, Emanuel e Isabelli, de 10 anos, contaram que a informação de que o oceano é tão legal era inédita. “A gente amou ver as coisas grandes. A gente não sabia que a baleia azul é do tamanho de um prédio de seis andares”, disseram. Banners foram espalhados por todas as paredes da estrutura, com informações sobre animais marinhos e o alto-mar, informando e surpreendendo quem participava da experiência.  

No entanto, foi a sala de espelhos que levou os pequenos à euforia. Lá, o fenômeno da bioluminescência — quando uma substância chamada luciferina reage com oxigênio, geralmente com a ajuda de uma enzima chamada luciferase, e libera energia em forma de luz vibrante e brilhante — foi reproduzido com o oceano refletido no chão, espelhos aumentando a sensação de espaço, o som das ondas inundando o ambiente.  

A saída da sala abriga os sons e surpresas únicas de quem vê os próprios passos virando luz. “Que legal!”, gritaram Emanuel e Isabelli durante a experiência. Ao andar, o movimento é reconhecido pela projeção, acionando a luz que segue o passo dado e simulando a reação química que mais parece mágica. De acordo com a dupla, a sala realmente parece o oceano. “Parece muito! Achei que a gente estava nadando, foi muito divertido. A gente acha que todo mundo deveria vir ver de perto”, afirmaram. A proposta da iniciativa era justamente essa: imersão. 

Realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Instituto de Pesquisas Oceânicas (Inpo), unidade vinculada ao ministério, os dados que motivam a necessidade da exposição são alarmantes. No Brasil, cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo plástico é descartado no oceano todo ano, segundo o relatório Fragmentos da Destruição: Impacto do Plástico à Biodiversidade Marinha, divulgado em 2024. Já no mundo, o World Wildlife Fund (WWF) afirma que, todos os anos, cerca de 9 milhões a 14 milhões de toneladas de poluição plástica vão parar no oceano de todo o globo 

Na visita, o espaço busca conscientizar o público em torno da preservação e, principalmente, da valorização do oceano como o ator imprescindível que ele representa para todo o globo. Para os pequenos visitantes, a iniciativa cumpriu o recado de preservação e ensinou coisas novas. “Quando for tomar banho, não deixa o chuveiro aberto. Joga o lixo no lixo. Não joga produtos químicos na água e cuida das plantas também, que são importantes para o oceano”, alertaram as crianças.  

O oceano dentro de Brasília

Além da sala, o público pôde dar um mergulho com uma arraia usando óculos de realidade aumentada. A proximidade com o animal chocou quem nunca tinha utilizado o objeto e sensibilizou quem tinha receio do mundo aquático. A monitora Lauren Zollmann, de 23 anos, afirmou que a intenção da exposição é sensibilizar e mostrar o motivo do oceano ser o coração do planeta Terra. “Queremos mostrar quanta diversidade a gente tem dentro dele e trazer animais e seres desse espaço, criando experiências reais e imersivas”, disse.  

Segundo Lauren, quem questiona o porquê falar de cultura oceânica no meio do Cerrado não sabe a importância dele. “Acontece que tudo o que ocorre lá influencia aqui. Se a vida marinha está ameaçada no litoral, nossa vida também está ameaçada aqui no centro. Todos os seres humanos dependem do oceano”, lembrou.  

Completa e humana, a exposição cativou também públicos mais velhos. Júlia Rafaela e Nicole Emanuelle, de 17 e 19 anos, marcaram presença no local e destacaram a importância de tudo que viram e aprenderam. “A mostra aumenta bastante não só a consciência na preservação do oceano, mas nos aproxima dele, chega dá vontade de ir à praia, virar bióloga marinha. A forma como as informações estão expostas e a riqueza de detalhes potencializam tudo”, conta Júlia.  

Para elas, a sensação foi de estar dentro do mar. “Quase não deu vontade de sair. Recomendamos muito, é tudo muito lindo e eu acho que todo mundo deveria ter essa oportunidade de vivenciar isso de tão perto assim”. Segundo Nicole, o contato é importante para conscientizar. “É bom até para as pessoas pararem de fazer coisas erradas, pararem de poluir, degradar. As informações aqui são essenciais para conscientizar todos a cuidar do nosso maior bem precioso, que é o oceano”, finaliza.  

Por fim, quem passa pela estrutura tem acesso a versões aumentadas de fitoplânctons — microrganismos aquáticos que fazem a fotossíntese, ou seja, produzem seu próprio alimento usando a luz do sol, assim como as plantas. Os seres detêm cerca de 50% a 70% do oxigênio da terra, e são imprescindíveis à vida humana e marinha — e comparações do tamanho real da baleia-azul, como o paralelo do animal a um prédio de seis andares.  

Impressos em impressoras 3D e inspirados em fitoplânctons observados em microscópios, as reproduções dão ao participante a oportunidade de tocar e ver de perto o produtor do ar que respiramos. Para conectar todo o ecossistema, a baleia-azul é contraposta ao ser minúsculo. Informações sobre o maior animal da terra estão dispostas em todo o espaço. A conexão acontece quando é dito que a baleia se alimenta de um pequeno crustáceo chamado Krill, que, por sua vez, se alimenta dos fitoplânctons. A interdependência é o elo que passa uma mensagem necessária: tudo se conecta, precisamos de equilíbrio.  

Com o tema Planeta Água: a Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no meu Território, a SNCT, em Brasília (DF), ocorre na Esplanada dos Ministérios, em frente à rodoviária do Plano Piloto, até domingo (26). As atividades também ocorrem em todo o País. Promovida pelo MCTI, a iniciativa é o maior evento de popularização da ciência do Brasil.  

A SNCT conta com ações presenciais e digitais para alcançar ao menos 100 mil pessoas. Visando ampliar a divulgação da ciência, estimular o pensamento crítico e popularizar a cultura científica, a feira reúne instituições vinculadas ao MCTI e parceiras em estandes temáticos, como o stand Pop Ciência do MCTI, Geoparque, o Parque Pop Espacial e o Espaço Conexões.   

A exposição Oceano: o Maior Mistério da Terra segue aberta até o final da feira e conta com a presença de monitores, guias e pessoal capacitado para receber crianças, adolescentes e o público adulto. Os horários acompanham a SNCT e podem ser acessados no site (https://semanact.mcti.gov.br/) do evento. 

A SNCT é  promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), e conta com o patrocínio de Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Huawei do Brasil Telecomunicações Ltda; Caixa Econômica Federal; Positivo Tecnologia S.A.; Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB); Conselho Federal de Química (CFQ); Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur); Comitê Gestor da Internet no Brasil / Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (CGI.br e NIC.br) e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab). 

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