Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
Informe Tecnologia
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
Informe TecnologiaInforme Tecnologia
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Tecnologia

MCTI lança programa Bolsa Futuro Digital para formar profissionais para área de tecnologia

22 de maio de 2025
Compartilhar

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou hoje do lançamento do Programa Bolsa Futuro Digital. Na ocasião foram abertas as inscrições para o programa de capacitação gratuito e presencial, que vai formar 10 mil programadores iniciantes, nos próximos 24 meses. A iniciativa é voltada a jovens e adultos sem experiência prévia na área de tecnologia da informação, com interesse em ingressar nas carreiras de desenvolvimento Front-end ou Back-end.

Nesta primeira etapa, serão ofertadas 5 mil vagas, em 12 estados e no Distrito Federal, com prioridade para estudantes da rede pública. Daqui a seis meses, mais 5 mil vagas serão disponibilizadas, ampliando o alcance da ação. Além da formação, os participantes contarão com apoio financeiro mensal durante o curso.

“O Bolsa Futuro Digital não é apenas mais um programa de capacitação, é um passo estratégico para preparar nossos jovens para os empregos que farão a diferença nos próximos anos no setor que não para de crescer, e que vai definir os rumos do nosso desenvolvimento”, afirma a ministra Luciana Santos.

O programa é uma ação do Conecta e Capacita, política pública do MCTI voltada à formação tecnológica e será financiado com recursos do PPI da Lei de Informática, num total de R$ 54,5 milhões. O objetivo é formar profissionais prontos para ingressar no mercado de trabalho, com trilhas em Desenvolvimento Front-end e Desenvolvimento Back-end, certificação e até mesmo uma experiência de trabalho real, por meio de uma residência tecnológica em empresas parceiras.

O que são os PPIs da Lei de Informática

Os Programas e Projetos Prioritários de Interesse Nacional (PPIs) são instrumentos criados no âmbito da Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991) para promover a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação (PD&I) no setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs). Empresas beneficiadas por incentivos fiscais da Lei podem aplicar recursos em PPIs como forma de cumprir suas contrapartidas legais de investimento em PD&I.

Desde 2018, com a atualização da legislação, os PPIs passaram a permitir que as empresas cumpram integralmente essas obrigações, incluindo investimentos exigidos no FNDCT e em convênios com universidades e institutos de pesquisa. A gestão desses recursos é feita de acordo com regulamentos específicos do MCTI, e os projetos devem ser aprovados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI). Hoje, os PPIs são uma das principais fontes de financiamento público para capacitação e inovação tecnológica no país.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil forma 46 mil profissionais de tecnologia por ano, mas a demanda é de cerca de 70 mil. A remuneração no setor pode ser até três vezes maior que a média nacional. Esse cenário contrasta com os 21,2% de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham — mais de 45% deles são mulheres pretas ou pardas.

“Precisamos oferecer esperança e perspectiva a essa juventude. Como primeira ministra mulher na história do MCTI, tenho o dever de promover políticas públicas de inclusão feminina”, disse Luciana. Ela reforçou ainda que 50% das vagas do programa serão destinadas a mulheres, como parte do compromisso do MCTI com a inclusão e a igualdade de gênero.

Durante o evento, Marcelino Granja, assessor especial do MCTI, destacou o protagonismo das instituições de ensino e das entidades executoras na construção coletiva do programa. Ele agradeceu o empenho dos parceiros e enfatizou a importância da articulação nacional para alcançar os 10 mil jovens previstos na primeira etapa.

“Essa engrenagem só funciona porque temos uma rede comprometida em todo o país. Instituições federais, universidades estaduais, entidades como a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) e o Instituto Hardware BR (HBR), dentre outros, se dedicaram para tirar esse projeto do papel. É um esforço de muitos, espalhados por diferentes estados, mas com um objetivo comum: dar oportunidade e dignidade à juventude trabalhadora brasileira”, afirmou.

A reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Veruska Massukado, destacou a importância do programa como resultado de um esforço coletivo entre instituições públicas e privadas. “Esse projeto une dois elementos essenciais para a dignidade do povo brasileiro: formação profissional de qualidade e empregabilidade”, afirmou. Ela ressaltou o papel estratégico dos Institutos Federais na construção de políticas públicas inclusivas e reiterou o compromisso do IFB em seguir como parceiro em ações que promovam oportunidades reais de desenvolvimento para a população.

O objetivo do programa para os jovens brasileiros, especialmente para aqueles que buscam uma inserção rápida e qualificada no mercado de tecnologia, foi destacado pelo presidente da Softex, Ruben Delgado. Para ele, o projeto é uma oportunidade concreta de ampliar a inclusão digital e social em diversas regiões do país.

“Mais do que formar programadores, essa iniciativa significa abrir portas para jovens de diferentes realidades, oferecendo uma capacitação acelerada e alinhada com as necessidades do mercado. É um passo fundamental para democratizar o acesso às tecnologias e garantir que o Brasil avance com inovação e justiça social. Estamos falando de transformar vidas e fortalecer nossa economia digital, e isso é motivo de muita esperança e orgulho para todos nós”, destacou Ruben Delgado.

Quem pode participar

Para se candidatar ao Bolsa Futuro Digital, é necessário:

  • Ter concluído o ensino médio (ou estar em vias de concluir, desde que complete 18 anos até o fim do curso);
  • Ter estudado em escola pública ou, em caso de escola privada, com bolsa integral;
  • Ter no mínimo 18 anos completos até a data de encerramento da formação;
  • Ter acesso à internet para a realização das atividades complementares.

Não é necessário conhecimento prévio em programação, o que torna o programa uma porta de entrada inclusiva para novos talentos da tecnologia.

Como será o curso:

O treinamento tem duração total de 9 meses, divididos em duas fases:

Fase de formação técnica (6 meses):

  • Aulas presenciais duas vezes por semana, com 3 horas por sessão (totalizando 144 horas presenciais);
  • Conteúdo complementar online: 56 horas, com apoio das entidades executoras;
  • Bolsa de R$ 100/mês nos 3 primeiros meses e R$ 200/mês nos 3 meses finais.

Fase de residência tecnológica (3 meses):

  • Os participantes com melhor desempenho poderão participar de uma residência em empresas parceiras, com acompanhamento técnico e bolsa de R$ 600/mês.
  • O curso adota metodologias modernas como Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL) e Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom), estimulando a prática e a resolução de problemas reais.

Trilha Front-end ou Back-end – escolha seu caminho:

Os candidatos podem escolher uma das duas trilhas de formação:

  • Desenvolvedor Front-end: foco em interfaces, design, interatividade e experiência do usuário, com conteúdos como HTML, CSS/SASS, JavaScript, React e noções de UX.
  • Desenvolvedor Back-end: voltado à lógica, servidores e bancos de dados, com aulas sobre JavaScript, Python ou Ruby, orientação a objetos, WebServices e modelagem de dados.

Onde o programa será oferecido:

O Bolsa Futuro Digital será implementado de forma presencial em 12 estados e no Distrito Federal. São eles:

  • Região Norte: Pará;
  • Região Nordeste: Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia;
  • Região Centro-Oeste: Goiás e Distrito Federal;
  • Região Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo;
  • Região Sul: Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

Cada local contará com polos físicos de aula, que podem ser consultados nos portais das entidades executoras. A escolha do polo é feita no momento da inscrição.

Quem executa o programa:

A execução do programa será feita por três entidades, ICTs Executoras de projetos do PPI, o CEPEDI, a SoftexPE e o H.BR, sob coordenação da SOFTEX. A iniciativa também envolve uma ampla rede de instituições federais e estaduais de ensino, como:

UEPA, IFMA, UEPB, UFPE, IFSE, IFBA, IFBaiano, IFMG, IFG, IFB, UFF, IFSP, UNESC e IFRS.

Avaliação e seleção

Haverá processo seletivo com duas etapas: Teste de raciocínio lógico e envio de vídeo demonstrando interesse e motivação para cursar a formação e/ou teste automático de Fit Cultural. A matrícula será feita mediante apresentação de documento com foto, conforme orientação da entidade executora local.

Mais informações e inscrições no site https://hardware.org.br/capacitacao/bfd/inscricao/

Leia também

Ministra Luciana Santos recebe a jovem pesquisadora Duda Franklin

INPE recebe novo supercomputador para previsão de tempo e clima

Seminário promovido pela SBPC e ABC debate propostas para o futuro da C,T&I no Brasil

Principais aspectos do Inventário Nacional de GEE são apresentados para setor cerâmico

MCTI lança Programa Bolsa Futuro Digital e abre inscrições para formação de programadores

Assuntos Tecnologia
Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Love0
Angry0
Wink0
Happy0
Dead0

Você pode gostar também

Tecnologia

Ministra Luciana Santos recebe a jovem pesquisadora Duda Franklin

23 de maio de 2025
Tecnologia

INPE recebe novo supercomputador para previsão de tempo e clima

22 de maio de 2025
Tecnologia

Seminário promovido pela SBPC e ABC debate propostas para o futuro da C,T&I no Brasil

22 de maio de 2025
Tecnologia

Principais aspectos do Inventário Nacional de GEE são apresentados para setor cerâmico

21 de maio de 2025
Tecnologia

MCTI lança Programa Bolsa Futuro Digital e abre inscrições para formação de programadores

21 de maio de 2025
Tecnologia

MCTI e Piauí firmam parceria para projetos em IA

21 de maio de 2025
Informe TecnologiaInforme Tecnologia