Eliminar barreiras para as pessoas com deficiência por meio da tecnologia, para que possam ter igualdade de oportunidades em espaços educacionais, seja no ensino básico ou na universidade – e na pesquisa. Essa é a função das Tecnologias Assistivas (TA). O principal objetivo da TA é promover a funcionalidade, autonomia, independência e inclusão social, melhorando a qualidade de vida da pessoa com deficiência.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) levou para a 77ª Reunião Anual da SBPC, que acontece este ano na Universidade Federal Rural de Pernambuco, um estande imperdível, curioso e inclusivo.
Segundo o coordenador de Tecnologias Assistivas da secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Milton Carvalho, a visitação é um sucesso.
“Fizemos um edital do MCTI/FINEP, o SISAssistiva (Sistema Nacional de Laboratórios de Tecnologia Assistiva), no valor de R$ 72 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Foram selecionados 28 laboratórios em todo o Brasil, sendo quatro em Pernambuco e um na Paraíba. Todos relacionados à área de tecnologia assistiva, alguns na área de neurociência e educação”, explicou.
Quais são as tecnologias assistivas mais comuns?
As tecnologias assistivas mais comuns incluem recursos para auxílio à mobilidade, comunicação, acesso digital e atividades da vida diária. Exemplos são cadeiras de rodas, aparelhos auditivos, leitores de tela, tradutores de Libras e produtos que auxiliam em tarefas cotidianas.
“Elas podem estar enquadradas em serviços, ou seja, na própria metodologia utilizada dentro da sala de aula, ou em recursos específicos, como softwares, hardwares e adaptações razoáveis. Tudo isso contribui para que o estudante tenha as mesmas condições de estudo e desenvolvimento, em igualdade com uma pessoa sem deficiência”, destacou o coordenador da SEDES, Milton Carvalho.
O Estado e a tecnologia assistiva
A tecnologia assistiva também contribui para a mudança da visão da deficiência como um problema individual para uma concepção que a entende como uma questão de interação com o ambiente. Ao compreendermos isso, percebemos que se trata de uma responsabilidade do Estado, e que políticas públicas voltadas para a TA são fundamentais para avançarmos nesse tema.
A sociedade precisa se adaptar para oferecer condições de acesso e participação para todos, com ou sem deficiência.
Estande na 77ª Reunião Anual da SBPC
O estande está localizado na tenda da SBPC Jovem, ao lado da SBPC Mulher. A 77ª Reunião Anual da SBPC acontece até o próximo sábado (19), em frente à Reitoria da UFRPE.