As inscrições para o 2° Prêmio Mulheres e Ciência já estão abertas e podem ser feitas até 24 de novembro de 2025, pela internet. A iniciativa tem o objetivo de promover a equidade, a diversidade e a pluralidade e dar visibilidade à participação feminina na área. As vencedoras receberão, entre outros, prêmios em dinheiro, que vão de R$ 5 mil a R$ 50 mil, dependendo da categoria à qual vão concorrer.
A novidade da edição é a categoria Incentivo, voltada a jovens de 15 a 29 anos participantes do Programa Asas para o Futuro, do Ministério das Mulheres. A nova proposta tem o objetivo de inspirar meninas a ingressar nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, sigla em inglês).
As participantes também podem se inscrever nas categorias Estímulo, Trajetória e Mérito Institucional. Cada uma delas premiará vencedoras nas três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.
Para participar da Estímulo e da Trajetória há mudanças em relação à primeira edição. Anteriormente, a divisão entre as categorias era feita por faixa etária — até 45 anos para Estímulo e a partir de 46 anos para Trajetória. Nesta nova edição, o tempo de titulação em doutorado passa a ser o critério de referência.
A categoria de Estímulo será destinada a pesquisadoras que concluíram o doutorado com até 15 anos de titulação, e a de Trajetória será voltada a cientistas a partir de 15 anos de doutorado, em reconhecimento a suas contribuições para o avanço da ciência e a formação de novas gerações de pesquisadoras.
O prêmio é uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério das Mulheres
Lançamento do edital
A cerimônia de lançamento do edital ocorreu na quarta-feira (8), em Brasília (DF). Na ocasião, a secretária de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe) do MCTI, Andrea Latgé, ressaltou que o prêmio é direcionado também para as instituições. “É muito importante a gente ter o apoio das instituições para promover essa equidade de gênero para alunas e professoras e também toda a infraestrutura das universidades”, pontuou.
Latgé destacou que é necessário quebrar tabus e vencer dificuldades que existem no País, e em outras nações, sobre os direitos das mulheres para que haja uma igualdade de gênero e que elas possam ocupar os lugares que desejam.
A secretária da Seppe do MCTI ressaltou a importância de discutir a maternidade no Brasil. Segundo Andrea, não há um tempo adequado de licença-maternidade que permite às mulheres ficarem fora do trabalho sem perder a competitividade.
“Em alguns países, as mulheres têm um tempo maior de licença e o homem também. Então, eles conseguem dividir as tarefas com o filho desde o nascimento. A mulher ter um vínculo muito grande com a criança e o homem não ser permitido a ter o mesmo dificulta muito a igualdade que tanto buscamos na equidade feminina e masculina”, declarou.
Premiações
As vencedoras e instituições premiadas receberão premiações em dinheiro, passagens aéreas, certificados e troféus, além de oportunidades de capacitação e intercâmbio científico. Todas receberão certificado e troféu.
- Categoria Incentivo: R$ 5 mil, além de passagem aérea e hospedagem para participar da cerimônia em Brasília.
- Categoria Estímulo: R$ 20 mil, passagem aérea e hospedagem para participar da cerimônia em Brasília, passagem e até seis diárias para participação em congresso científico no Brasil ou no exterior.
- Categoria Trajetória: R$ 40 mil, passagem aérea e hospedagem para participar da cerimônia em Brasília e para missão para o Reino Unido para discussão de políticas em ciência e educação superior.
- Categoria Mérito Institucional: R$ 50 mil para o desenvolvimento de ações de equidade de gênero, passagem aérea e hospedagem para participar da cerimônia em Brasília e imersão de capacitação promovida pelo British Council.
O CEO Global do British Council, Scott McDonald, destacou que o prêmio é sobre celebrar a excelência individual e reconhecer as mudanças estruturais. “A transformação institucional pode remodelar culturas, políticas e possibilidades. Ela pode criar ambientes em que as mulheres não apenas estejam presentes, mas também sejam influentes, reconhecidas e empoderadas”, afirmou.
A primeira edição do Prêmio Mulheres e Ciência recebeu mais de 1,1 mil inscrições. A segunda edição amplia o alcance do reconhecimento, fortalecendo a presença feminina em todas as etapas da carreira científica. A cerimônia de premiação das vencedoras está prevista para março de 2026, em Brasília.