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INSA aposta em biotecnologia para proteger flora do Semiárido

16 de abril de 2025
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Proteger e preservar plantas nativas e endêmicas do Semiárido, inclusive as que estão ameaçadas de extinção. Esses têm sido os focos de um trabalho desenvolvido pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

O Laboratório de Cultivo In Vitro (LACIP) INSA tem criado protocolos eficientes através da propagação de plantas, utilizando técnicas biotecnológicas que visam à cultura de células e tecidos vegetais ou plantas inteiras em ambiente e condições controladas. O método de cultivo in vitro permite que plantas cresçam dentro de frascos fechados e assépticos, ou seja, livres de fungos e bactérias que causam doenças. Os recipientes possuem um substrato nutricional e a temperatura de crescimento é cuidadosamente controlada. Nesse contexto, os bioinsumos funcionam como uma fonte de nutrientes para as plantas in vitro e podem substituir, parcial ou totalmente, os agentes químicos tradicionalmente utilizados nos meios de cultura. 

“Essa abordagem contribui para a viabilidade técnica e econômica da produção, ao reduzir a dependência de agentes químicos e priorizar insumos acessíveis, especialmente quando os bioinsumos são produzidos localmente, em modelo on-farm”, enfatizou a bióloga responsável pelo estudo, Luane Portela. 

De acordo com a pesquisadora, depois que as plantas crescem no laboratório, elas passam por uma fase chamada aclimatização. Segundo Luane Portela, é um momento delicado e em que muitas mudas podem ser perdidas. Nessa etapa, as mudas produzidas in vitro são expostas a mudanças no ambiente, saindo das condições controladas do laboratório para o meio externo. Os fatores mais importantes nesse processo são a umidade e a temperatura.  

“Para que a aclimatização seja bem-sucedida, é essencial que as microplantas estejam vigorosas e que a transição para o ambiente externo aconteça de forma gradual, para que elas possam se adaptar aos poucos”, ressaltou a bióloga. 

Plantas ameaçadas 

Com experiência no cultivo in vitro de plantas ameaçadas de extinção das famílias Cactaceae, Orchidaceae e Eriocaulaceae, a pesquisadora observou resultados promissores ao utilizar substratos nutricionais enriquecidos com bioinsumos de origem vegetal, especialmente extrato de algas. As espécies estudadas apresentaram aumento significativo na taxa de germinação, crescimento mais rápido e melhor desenvolvimento das raízes. 

 “Os bioinsumos também contribuíram para a produção eficiente de clones durante a micropropagação, favorecendo a multiplicação em larga escala de mudas com alto vigor, mais adaptadas e resistentes à mudança de ambiente”, detalhou Luane Portela. 

Próximos passos 

Segundo a bióloga, o objetivo do INSA é desenvolver tecnologias que estimulem e facilitem a criação de biofábricas de plantas nativas do Semiárido, utilizando o cultivo in vitro para produzir mudas com alta qualidade sanitária e em larga escala.  

“A boa notícia é que já estamos avançando nesse processo, principalmente ao propor um meio de cultura de fácil produção e baixo custo, demonstrando que bioinsumos também podem ser aplicados na micropropagação”, pontuou Luane Portela.  

Os próximos passos envolvem revisar os protocolos de assepsia e esterilização, além de adaptar as condições ambientais, buscando reduzir a dependência de equipamentos e infraestruturas complexas. Isso tornará a técnica mais acessível para os produtores da região.

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