Você já visitou um museu? Os museus têm um papel importante em preservar coleções, auxiliar na hora de fazer pesquisas, ensinam e levam conhecimento para além da universidade.
Os museus transportam as pessoas para décadas passadas, outras regiões e, muitas vezes, oferecem atrações interativas aos visitantes.
Com o objetivo de ressaltar e valorizar esses espaços, nesta terça-feira, 15, a 77ª Reunião da SBPC trouxe para à discussão o tema: “Museus universitários em espaços virtuais: balanços e perspectivas”.
Os participantes destacaram como os espaços passaram a oferecer visitas virtuais, exposições online e atividades interativa, um grande desafio durante a pandemia da Covid-19.
A mesa apontou caminhos para tornar esses espaços mais democráticos, acessíveis e conectados com o público, especialmente no ambiente digital.
Participaram do debate o professor Marcus Granato, coordenador de Museologia do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); Juana Nunes, diretora de Popularização da Ciência do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); e Silvana Vidotti, coordenadora de Tecnologias Avançadas do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).
Segundo Marcus Granato, o desconhecimento sobre os museus, a falta de investimentos, a dificuldade em treinar equipes para o uso de novas ferramentas representa desafios.
“Os museus virtuais ainda são equipamentos em número reduzido, com pouca expressividade quantitativa e sua comunicação no ciberespaço ainda é um desafio em construção”, disse.
Silvana Vidotti destacou a importância de dar visibilidade aos museus virtuais e de utilizar a tecnologia para proporcionar diferentes experiências e acesso aos acervos. “Um museu bem posicionado no mundo digital nos possibilita um acesso maior ao ecossistema e à curadoria de objetos que estão em diferentes lugares, interligando-os. Precisamos tornar nossos museus virtuais visíveis à sociedade”, pontuou.
A diretora de Popularização da Ciência do MCTI, Juana Nunes, falou sobre o desconhecimento da população jovem a respeito dos museus universitários e espaços de ciência. Ela enfatizou que muitas pessoas ainda não têm acesso a essas instituições ou sequer sabem que elas existem.
“A divulgação científica deve ser mais popular e próxima das realidades locais”, afirmou.
Juana ressaltou que o MCTI trabalha na criação de ações para popularizar a ciência e incentiva a construção de mais museus e centros interativos, a exemplo do programa Mais Ciência na Escola.
Segundo ela, é fundamental democratizar o acesso, levando esses espaços para além dos grandes centros.
“O Brasil é um país desigual e esses equipamentos não podem ficar concentrados em poucas regiões. Eles precisam ser populares, acessíveis e diversos. A construção de novos espaços e a recuperação daqueles que já existem ainda é um desafio”, concluiu.