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Tecnologia

Brasil é eleito para presidência da Parceria Internacional para o Hidrogênio e Pilhas a Combustível na Economia (IPHE)

7 de julho de 2025
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O Brasil foi eleito, em junho, no Chile, para a presidência da Parceria Internacional para o Hidrogênio e Pilhas a Combustível na Economia (IPHE). Indicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Emílio Valadão de Miranda, será o representante brasileiro com mandato até 2027. A liderança brasileira é inédita na história da entidade.

A IPHE foi criada em 2003 como uma parceria internacional entre governos cujo o objetivo é facilitar e acelerar a transição para sistemas e energia e mobilidade limpos e eficientes usando tecnologias de pilhas a combustível e hidrogênio. A instituição é composta por 26 países e a Comissão Europeia.

O MCTI atua na cadeia do hidrogênio por meio da Iniciativa Brasileira de Hidrogênio (IBH2), lançada em 2022. Um dos instrumentos é o Sistema Brasileiro de Laboratórios de Hidrogênio (SisH2), uma rede de 12 laboratórios que atua no desenvolvimento tecnológico em áreas como a produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis, armazenamento, segurança, transporte e uso no setor de transportes e de energia elétrica, por exemplo.

O professor Paulo Emílio coordena o Laboratório de Hidrogênio (LabH2) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ). Ele possui doutorado, mestrado e bacharelado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pela UFRJ e pós-doutorados desenvolvidos na École Centrale de Paris e na Université de Paris-Sud, França. Publicou mais de 70 artigos em periódicos e tem 15 patentes registradas em seu nome. Também é presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2)

O pesquisador ainda atua no desenvolvimento de materiais, tecnologias e dispositivos para a adoção da energia do hidrogênio, é integrante do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (COGES/PNH2) e tem se envolvido ativamente na IPHE desde a sua criação em 2003.

Segundo ele, o hidrogênio de baixa emissão de carbono terá papel relevante no atingimento das metas de neutralidade climática até 2050 estabelecidas no Acordo de Paris e a eleição do Brasil é um reconhecimento global da proeminência do país no setor.  “Pilhas a combustível (e não células a combustível) são dispositivos eletroquímicos que convertem a energia química do hidrogênio em energia elétrica e calor com altíssima eficiência”, explica.

Paulo Emílio concedeu uma entrevista ao MCTI sobre a indicação.

Professor Paulo Emílio/Divulgação IPHE
Professor Paulo Emílio/Divulgação IPHE

MCTI – Qual a importância de o Brasil fazer parte da IPHE?

Professor Paulo Emílio –  A participação brasileira na IPHE é de tal importância que levou o Brasil a ter uma atitude pioneira, por constar como um dos primeiros países do mundo a lançar uma estratégia nacional para o hidrogênio. Tendo tomado parte da IPHE na sua criação em 2003, já em 2005 o Brasil lançou a sua primeira estratégia nacional para o hidrogênio e hoje desenvolve o Programa Nacional do Hidrogênio, PNH2. Isso foi muito importante por ter estabelecido precocemente os direcionamentos do setor, o que hoje facilita o desenvolvimento do PNH2, e induziu ações na academia, na pesquisa e desenvolvimento e no boom industrial que o país experimenta nesta área, o que contribui para a descarbonização das atividades da nossa sociedade, que já é elevada.

MCTI – Quais as suas prioridades à frente do mandato nos próximos dois anos?

Professor Paulo Emílio –  Meus direcionamentos incluem dar visibilidade, através de publicações de largo espectro, ao conhecimento gerado pela IPHE, reestruturar suas atividades organizacionais internas para facilitar a influência em políticas públicas do setor nos países-membros e agregar novos países à parceria com alto potencial de desenvolvimento de atividades sobre hidrogênio de baixa emissão de carbono e pilhas a combustível.

MCTI – Como o senhor avalia as ações do MCTI na temática das tecnologias com uso do Hidrogênio?

Professor Paulo Emílio –  O MCTI, enquanto partícipe destas ações há muitos anos e responsável em nome do Governo Brasileiro pelas atividades brasileiras na IPHE, tem tido atuação muito relevante no país. Desde o início dos anos 2000 dedicou esforço à estruturação e ao financiamento de laboratórios e projetos de pesquisa e desenvolvimento no setor, gerenciou o desenvolvimento de projetos cooperativos nacionais e de projetos específicos em instituições de ensino e pesquisa através do CNPq e da Finep, patrocinou a realização da Conferência Mundial de Energia do Hidrogênio em 2018 (WHEC2018) o 3° Congresso Brasileiro do Hidrogênio em 2023, o 4° Congresso Brasileiro do Hidrogênio, que se realizará de 22 a 24 de outubro em Brasília, atuou fortemente nas discussões que resultaram na promulgação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e é membro do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio.

MCTI – Por fim, como a presidência do Brasil na IPHE pode ajudar esse campo no país?

Professor Paulo Emílio –  A presidência do Brasil na IPHE dará muita proeminência ao país em nível internacional neste setor, justamente num momento em que o mundo atua muito ativamente para descarbonizar as atividades industriais, do transporte e da sociedade como um todo, visando enfrentar a emergência climática atual. Isso também ocorre quando o Brasil atua fortemente nos BRICS, no Mercosul e realiza a COP30 em Belém do Pará.

Isso contribuirá para direcionar financiamento externo às atividades do hidrogênio de baixa emissão de carbono e às pilhas a combustível no Brasil, importante para prosseguir com o seu processo de descarbonização. Estimulará a vinda de empresas do exterior para atuar no Brasil, promoverá uma neoindustrialização do país com a criação de empregos de nível especializado e contribuirá para o desenvolvimento da formação de pessoal especializado e de pesquisa científica e tecnológica.

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