Mostrar que a ciência está em todo lugar e que as políticas públicas do setor estão transformando o presente e construindo o futuro. Essa é a premissa da exposição imersiva “40 Anos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)!”, que acontece dentro da 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal Rural de Pernambuco, no Recife.
A mostra, que ocupa uma área de 150 metros quadrados dentro da ExpoT&C, utiliza recursos lúdicos e interativos para apresentar, de forma contextualizada, a atuação do MCTI. Criada no momento da redemocratização brasileira, a pasta completou quatro décadas neste ano.
A exposição inclui uma linha do tempo, para contar um pouco dessa história, que – apesar de ter momentos de instabilidade institucional e restrições orçamentárias -, é marcada por muitos avanços no desenvolvimento científico e tecnológico do país, com impactos no progresso econômico e social brasileiros.
De maneira criativa e com ferramentas que ajudam a cativar o público, a mostra também expõe a atuação descentralizada e diversa do Ministério, a partir do trabalho de suas 29 unidades de pesquisa, organizações sociais e agências, que estão espalhadas por todo o país.
Já na sessão “Quem faz ciência”, são exibidas algumas das principais personalidades da ciência brasileira, como o aeronauta Santos Dumont, o educador Paulo Freire, o físico Ennio Candotti, a biomédica Helena Nader e a filósofa Marilena Chauí.
“Essa é uma área muito especial, porque a ciência é constituída de muitas mãos, por gestores de política científica, pesquisadores e pesquisadoras, divulgadores e divulgadoras, por crianças e jovens cientistas e por qualquer pessoa, qualquer cidadão e cidadã que percebe que vive a ciência no seu cotidiano”, disse Elisângela Lizardo, chefe da assessoria de Participação Social e Diversidade do MCTI e uma das responsáveis pela mostra.
Os visitantes do espaço também têm contato com as principais ações e entregas da atual gestão do Ministério, como o monitoramento de desastres naturais, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, o Reator Multipropósito Brasileiro, o Sirius e o Órion.
As iniciativas da pasta estão conectadas às seis missões da Nova Indústria Brasil, que dão conta dos mais importantes desafios nacionais. Na mostra, o público pode ainda brincar com palavras, destacando quais as prioridades da ciência na sua avaliação.
Para Luiza Venceslau, aluna do curso de veterinária da UFRPE, a exposição descortinou a amplitude da atuação do MCTI. “Há várias instituições e iniciativas que eu não sabia que eram vinculadas ao Ministério – o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo – e que impactam diretamente a nossa vida, como o combate ao desmatamento e a defesa da soberania nacional. É muito importante que o ministério foque nisso, incentivando a ciência, que é nosso maior patrimônio”, afirmou.
Parte das celebrações pelos 40 anos do MCTI, a mostra segue aberta até sábado (19), quando se encerra a 77ª Reunião Anual da SBPC, mas deverá circular depois por todas as regiões do país.
A iniciativa é uma realização do MCTI, com apoio da Finep. A concepção e o conteúdo são da Contra Regras Produção e Comunicação; a expografia e a identidade visual, da Bijari; e a produção e a montagem, da Soluction Eventos.