O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Geopark Araripe Mundial da UNESCO e a Universidade Regional do Cariri (URCA) promove o I Colóquio de Patrimônio Fossilífero do Brasil. O evento ocorre entre os dias 14 e 16 de abril, no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri (CE).
Com o tema “Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Cooperação Internacional e Popularização da Ciência”, o evento terá painéis, palestras e conferências, além da abertura da exposição interativa “Fósseis da Chapada do Araripe – Acervo de fósseis repatriados, Holótipos e Paleoarte”.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, o Colóquio é a “coroação” da volta do fóssil do Ubirajara jubatus ao Brasil. “O nosso objetivo com esse tipo de evento não é apenas a repatriação dos fósseis, mas também a construção de um grupo de estudos e pesquisas na paleontologia”.
O fóssil do Ubirajara foi repatriado do Museu de História Natural de Karlsruhe, na Alemanha, para o Brasil em 2023 em uma ação do MCTI, após ter sido levado do Ceará nos anos 1990. O Ubirajara foi um dinossauro carnívoro de pequeno porte e que viveu há cerca de 110 milhões de anos na América do Sul.
“No total, o museu abriga 35 espécimes em sua coleção, com os mais emblemáticos sendo o Cretapalpus vittari, uma aranha, o Aratasaurus museonacionali, um dinossauro, Kairidraco dianae, um pterossauro, o Tijubina pontei, um lagarto, e a Arlenea delicata, uma planta”, explica o diretor do museu, Allysson Pinheiro.
O Colóquio reunirá especialistas, pesquisadores e instituições nacionais e internacionais para debater a proteção do patrimônio fossilífero brasileiro, além da importância de sua repatriação e o fortalecimento de políticas públicas na área.
Além do Ubirajara, em 2025, autoridades brasileiras, em cooperação com o Reino Unido, recuperaram 25 fósseis de insetos retirados da Chapada do Araripe, no Cariri. As peças têm cerca de 100 milhões de anos.
O evento conta com o suporte financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI, e da URCA, por meio do Governo do Estado, e apoio institucional das instituições convidadas.